Poeta do Impossível

7











Autor: Kárcio Sángeles

Posso ver teu cheiro
E exalar tua beleza
Posso tocar os sentimentos
E abstraí-los de teu intelecto

Posso queimar a chuva
E molhar o fogo
Posso gritar usando
Apenas o pensamento

Posso Acariciar-te com o vento
E beijar-te com palavras
Posso sorrir com os olhos
E usar teu abraço como oxigênio

Posso escrever no vento
E ser livre como um pássaro
Dançar como as folhas caindo na primavera
E cantar com a voz que vem de fora

Sou o poeta do impossível
Existo onde nada existe
Onde o sonho se finge
De poesia.



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Vento Larápio

7


Autor: Kárcio Sángeles

O vento levou meu cheiro
As gotículas de água de meu cabelo
Tentando ser hospitaleiro
Levou também teu beijo
Deixando apenas a marca do batom
Rabiscado na face de vermelho

Tento segurar o meu choro
Mais não consigo conte-lo
Então o vento veio
E levou minhas lágrimas
Ressecando os meus olhos
Empoeirando minhas pálpebras

Minhas palavras se perderam
Meu sossego também se foi
Não consigo encontrar meus devaneios
Acho que o vento veio e também os levou

Quero Voar!
Mas tenho medo...
Quero gritar!
Mas não sei se devo...

O vento levou minha liberdade
Minhas loucuras e meu sono
Reprimiu minhas vontades
Levou minha idade e meu sonho

Devo chamá-lo de vento
Mais posso chamá-lo de amor
Ou de qualquer coisa abstrata
Que não tenha formato nem cor
E que carregue em sua essência
A fama de bem feitor.


Larápio - Ladrão




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Peripécias Encantadas

3










Autor: Kárcio Sángeles


Quero caminhar descalço nas águas do mar deserto
Assistir no crepúsculo o desencontro entre a luz e o escuro
Ouvir os ecos da alma ecoando nas conchas do talássico
Decúbito na areia esperando do vento seu fluxo e seu refluxo



Serei o epígono da lua minguante sublimada
O general do exercito de estrelas iluminadas
Abnegar-me-ei do pragmatismo amofinante
Entregando-me a demasia de pensamentos resolutos


Equilibrar-me-ei no fio tênue da existência
Beberei o néctar dos deuses num cálice divino
Desvendarei a dicotomia entre o amor e o ódio
Entorpecido por involuntários e indecentes desatinos


Ouvirei em silêncio a eufonia dos seres cabalísticos
Clamarei com veemência o nome de minha nobre amada
O Frêmito de minha voz transcenderá o caos apocalíptico
E escreverei em manuscritos essas peripécias encantadas.




Avassalador – Que avassala, domina.
Crepúsculo – Entardecer; o por do sol; Arrebol.
Talássico – Relativo ao mar.
Decúbito – Posição do corpo quando está deitado.
Epígono – Seguidor, discípulo.
Pragmatismo – Consideração das coisas de um ponto de vista prático.
Amofinar – Afligir, angustiar, atormentar.
Resoluto – Que é firme em seus desígnios; ousado, determinado, decidido.
Tênue – Fraco; frágil.
Néctar – Na mitologia grega era o vinho; bebida dos deuses.
Dicotomia – Divisão de um conceito em dois elementos em geral contrários.
Eufonia – Sucessão harmoniosa de sons.
Cabalístico – Misterioso.
Frêmito – Barulho, rumor, rugido.


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Olhos que me flertam

1



Autor: Kárcio Sángeles

Vida que na minha vida vive
Estro das palavras que escrevo
Égide do amor que sinto
Vem alimentar meu desejo

Idílicos olhos que me flertam
Vem ao encontro de meus braços abertos
Beijar-me em sinapses de sentimentos benévolos

Vem na forma de uma substância inflamável
No refluxo do calor que te entrego
Aquecendo meu corpo inquieto
Incendiando minh’alma apaixonada

Ao teu lado a vida ganha cor
Os sentimentos têm sabor
E os braços viram asas



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Átomos de minha agonia

3


Autor: Kárcio Sángeles

Vês? O corpo decrépito que definha?
É a prisão que nela minha alma dormia
Encarcerada entre as vísceras minhas
Suplicando a liberdade que a morte prometia.

Vou caminhando em passos curtos
Num caminho escuro e deserto
Decifrando os átomos de minha agonia
Escrevendo palavras tortas entre linhas
De forma complexa, abstrata e indigesta
Na mixórdia louca de alucinógenas fantasias.

Pobre alma! Que de meu corpo se ausenta
Escutai as vozes da turbamulta de almas que te chamam
Querem tirar-te da morada mortal que te prende
E levá-la a um lugar sublime que aqui não se encontra.

Vá em paz... Deixe-me aqui sucumbido pela terra
Serei o alimento dos pútridos vermes esfomeados
E tu, um espectro liberto da matéria
Atormentando os mortais.


Decrépito - Velho; desgastado fisicamente.
Espectro - Fantasma.
Mixórdia - Mistura desordenada de coisas diversas.
Turbamulta - Multidão.


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Rosa

15



Autor: Kárcio Sángeles

Rosa que anda, que corre, que para
Rosa que canta, que grita, que cala
Rosa que ama, que vive, que chora
É a rosa mais bela! É a rosa mais rara!


Rosa vermelha, branca, amarelada
Rosa distraída, atenta, preocupada
Rosa querida, amiga, apaixonada
É a rosa sonhadora! É a rosa perfumada!


Rosa de batom, de rosa, de saia
Rosa de alma, de carne, de osso
Rosa de sorrisos, de sonhos, de ternura
É a rosa carinhosa! É a rosa encantada!


Rosa que alimenta, que alegra, que cuida
Rosa que prende, que solta, que fala
Rosa que beija, que vive, que sente
É a rosa reluzente! É a rosa iluminada!


Meu amor...
É a rosa...
É verdadeira...
É amada...


É a rosa mais bela! É a rosa mais rara!
É a rosa sonhadora! É a rosa perfumada!
É a rosa carinhosa! É a rosa encantada!
É a rosa reluzente! É a rosa iluminada!



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Inteligível presença

2










Autor: Kárcio Sángeles

Os ventos trazem nossas estórias
Envolvidos em suaves movimentos
Percorrendo o universo de meu intelecto
Aniquilando meus tenebrosos pensamentos

Os campos de lírio respiram tua nobre beleza
O beija-flor inebria-se com o eflúvio de tua essência
Perfumam-se as rosas com o aroma do nosso amor
Protegido estou em tua inteligível presença

Abra os olhos para que o sol possa nascer
Feche os olhos para que a noite venha porvir
E o reflexo do imaginário possa renascer
E que novamente eu possa te sentir


Estórias - Narrativa de ficção; exposição romanceada de fatos puramente imaginários.

Inteligível - Que só existe na idéia



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Flores de Algodão

30


Autor: Kárcio Sángeles

Eu vejo flores de algodão
No céu, Corações flutuantes
Ponho o sol em minhas mãos
E deixo penetrar na retina
A luz da imaginação


Eu toco tua pele alva e macia
Com os lábios molhados de desejo
E com a força de um longo beijo
Transcenderemos o limiar do impossível


Criarei asas em minhas costas
Voaremos para além do que existe
Pousaremos nas asas da esperança
E usaremos o amor como Fetiche


Roubaremos a imortalidade dos deuses
Seremos como anjos divinos
Transitando pelos sonhos
Sem medo e sem destino


O infinito é o nosso limite
O amor, nosso alimento
A paixão, o que nos aquece
O sexo, nosso exercício



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Rosa Negra

7

Autor: Kárcio Sángeles

Meu encanto foi quebrado, a tua califace* não reflete mais em meus espelhos me perdi no caminho que escolhi e agora estou preso sem forças no labirinto sombrio de meus pensamentos. Sinto que meu destino será deserto e complexo como um buraco sem fundo e obscuro, talvez sejam apenas presságios incógnitos, mais é como se aqui dentro minh’alma lutasse contra um exercito mefistofélico de seres quiméricos engendrados pelo apodrecimento dos sonhos. Minha vontade é que um punhal entrasse em meu peito, pungindo meu coração e me matasse sem dor, matando apenas minha carne libertando meu espírito do crepúsculo eterno. Meu ato foi perverso, agir como um estúpido e agora faço parte dos réprobos; e por causa desta minha atitude insensata, não mais verei teu sorriso inefável, nem o brilho de teus olhos que lembravam as estrelas, pois a morte hauriu toda tua essência e consigo levou a última perfeição, o perfume balsâmico das rosas. Este mundo tornou-se inóspito sem tua presença e o sonho que é uma realidade inventada pelo idealismo humano, e alimentado pelo desejo de ser feliz foi arrebatado de meu intelecto e transformado num incomensurável talássico sorumbático e ainda posso ouvir a repetição de teus gritos ecoando em meus ouvidos atormentando minh’alma, assistir de perto o fogo te consumir aos poucos, meu povo rindo sarcasticamente de tua lenta morte jogando-lhe pedras chamando-a de bruxa. Eu como rei não poderia salvar-te da fogueira, pois estaria indo de encontro à igreja e sucessivamente indo de encontro a Deus, e meu reino estaria arruinado e minha honra deturpada. Porém deveria ter lutado contra o céu e a terra pelo teu amor que se desfaleceu junto com as cinzas de teu corpo espalhando-se na névoa que escondeu a lua, na noite tépida de tua morte. Escolhi meu reino ao invés de minha amada, esta foi a mais terrível e brutal escolha, agora levo até o fim de meus dias a estigma do arrependimento.


*Califace - (Greg. Cali-Belo + Face-Rosto): Belo rosto.
Mefistofélico - Diabólico, demoníaco.
Talássico - Relativo ao mar
Crepúsculo - Decadência
Engendrado - Criado, gerado, produzido.
Réprobos - Condenado, banido da sociedade; malvado, detestado; infame.
Inefável - Encantador.
Inóspito - Em que não se pode viver.
Haurir - Consumir, absorver, esvaziar, sugar.
Tépido - que tem pouco calor, morno.
Estigma - Marca infamante; labéu; Cicatriz.


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Rosa Negra 02

2
Autora: Vânia Louise

 Fui julgada e condenada, por deficiências ideológicas de pessoas que não logram a sabedoria e sim, uma estúpida submissão aos impropérios de uma cultura vã, que desconhece o verdadeiro sentido da aristocracia divina. São manipulados por sofismas, que, por sua vez, vestem capas de humildade, mas que possuem o poder de subjugar-nos como uma imbele plebe. São tidos como deuses por nós, meros e insuficientes mortais. Vidas que se julgam superiores determinam os destinos de outrem, nomeados inferiores, tentam deturpar sua realidade, como uma tensa alienação de seus sentidos.
Ouço vozes. De onde vêm? De toda parte. Vozes que emergem o desprezo e o desejo de ilidir-me como um simples imago. Vozes alienadas, sem ideologias. Vozes que emergem de todos os lados, como em um coro uníssono.
Contraponho e desdigo-me: Não são vozes, são gritos!
Brados imbuídos pelo ódio gritam-me - "Herege!" -. De repente, a aragem tênue que sobressaltou, elevou-me. E, em uma densa mendicância, lançou-me às chamas de uma imensa fogueira, mas não tão grande quanto o ódio dos que gritavam, chamando-me - "Bruxa!" -. Talvez devesse eu perdoá-los... Porém, não podia dar-lhes um mendaz sentimento. Não podia entregar-me ao ódio, que insistia em cruciar meu coração, que, de tão bom, foi enlaçado.
▬ Fogo!
Ouvi quando bradaram. Senti meus pés queimarem, arderem, flamejarem... Olhei aos céus. Por que, oh deus, sou dita como bruxa, se nenhum mal sobressatânico conciliei em meu ser? Por que sou queimada por fúrias incandescentes, a quem nenhum mal fiz? Por que...
Olhei ao redor... A dor impregnava o meu corpo. Todos me olhavam, com olhos em fúria, que queimavam minh'alma. Deparei-me com um triste e insistente olhar. Eras tu...Via obstinação com que miravas-me. Você, amor, a quem sempre dediquei os mais belos dos meus sorrisos e os mais puros sentimentos. Você, que a cada desprezível instante, transbordava em meu ser. Em teus olhos, vi tristeza, vi carinho, vi amor... Pude perceber que sentias uma dor muito maior que a que queimava a minha imanente carne. Era a dor do arrependimento; doía-te o fracasso da luta consigo mesmo, e doía-me... Junto comigo, queimavam teus sonhos, teus devaneios. Doeu-me mais que o ataque de combustão que emanava em minha pele, cruciou-me ver-te tão abatido.
Uma lágrima!
Vi quando caiu de teus olhos. E que olhos! Faiscavam de amor e seu brilho, já fraco, comiserava-me de tristeza. Foi tão triste ver os teus belos olhos, lacrimejando como rios... Gotas de oceano...
Não pude não notar! Percebi o quanto sofrias ao ver-me humilhada assim. Ah, se eu pudesse fazer-te ouvir a minha já inexistente voz. Saberias que não te culpo. Apenas te amo e não te quero ver sofrer. Sei que escolhestes o que, de fato, era melhor para ti. Não vou culpar-te por querer proteger teus bens, tua sociedade, teu poder. Quem sou eu para julgar tua escolha? Apenas eu fui a culpada. Completamente culpada! Envolvi-me com teus olhos, te fiz amar-me e agora, desapareço dessa terra, como uma última espécie em extinção.
Perdoe-me, meu amor, por ter me deixado levar à minhas antenas filosóficas, obstruindo-te de ver minha ferrenha face. Deixai-me, tão sordidamente, queimar... Não sinto dores, não se culpe! Só o que sinto é vergonha de ter vivido entre pessoas tão más, que cometem seus pecados mascarando-os de santos.
Agora, amor, chegou a hora...
Ouço vozes...
Prometem elevar-me às alturas. Já não sou mais eu, querido, não chore!
Consomem-me toda a carne. Já não consigo mais ver teus olhos... Já não tenho mais olhos, nem sentimentos...
Adeus...




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Casus Belli

2













Autor: Kárcio Sángeles

Oh! Vil assassino... Régulo infame...
Neste pandemônio marcial quero ver-te sangrar
Ouço a balburdia, a esbórnia dos espectros nefandos
Que esperam ansiosos tua indubitável morte.


Que o deus que te protege tenha misericórdia de tua alma,
Pois eu não terei deste teu miserável corpo que definha,
Não destruirei teu decrépito império, mas matarei todos os teus homens,
E jogarei seus corpos junto ao teu no sepulcro do inferno.


Guardo reminiscências da vida que me roubastes
Bela princesa que em teus braços vi padecer
Mataste o único epígono sagrado de minha linhagem
Condescender-me-ei a esta orexia de vingança que me faz viver.


Deixarei que ainda respire o último ar que te resta
Não serei tolo em apressar tua morte.
Pagarás com o sofrimento a dor que me causaste.
Esta lâmina que penetra agora em tuas vísceras
Representa o grito ensurdecedor que dentro de mim ecoa e não cala,


Roubaste o fulcro de minha existência.
Qual foi o mal que te fiz?
Que ordinária maleficência te causei?
Não fale, cala-te para prolongar tua agonia.
Se eu pudesse te acorrentaria ao lado de Prometeu,
Para ver-te morrer e ressuscitar todos os dias
Num tormento inexorável contínuo e eterno.





Casus Belli – Expressão latina que significa: Causa de Guerra.
Régulo – (Latim: Regulus) pequeno rei; Designação pejorativa do indivíduo despótico.
Pandemônio – O inferno.
Nefando – Perverso.
Sepulcro – Túmulo, jazigo, sepultura.
Reminiscência – Lembrança, recordação.
Padecer – Ser atormentado, martirizado, afligido.
Epígono – Seguidor, discípulo.
Orexia – Apetite insaciável.
Fulcro – Apoio, amparo, sustentáculo.
Inexorável – Austero; muito severo.

Prometeu – Segundo a mitologia grega prometeu roubou o fogo(a sabedoria) dos deuses e entregou aos mortais e por isso foi castigado sendo preso pelas inquebráveis correntes de Hefesto no topo de uma montanha, e uma águia de longas asas enviada por Zeus comia-lhe o fígado imortal. Ao cabo do dia, chegava à negra noite por Prometeu ansiada, e seu fígado tornava a crescer.




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Próximo Passo...

4











Autor: Kárcio Sángeles
Nunca é tarde enquanto existir uma esperança, sempre depois da noite surge o sol irradiante iluminando o dia, não diga que o sonho acabou, imagine que agora a sua felicidade é uma lâmpada queimada e você deve trocá-la e iluminar as salas do seu interior; pense nas possibilidades e não apenas no impossível; o ser humano tem o dom de transformar e de ser transformado, então, transforme as pessoas que te rodeiam e se permita ser transformado por elas. Seja a sentinela de sua liberdade, se não puder sonhar com os pés no chão então sonhe com os pés na lua, mas nunca deixe de sonhar, pois o sonho é o alimento da alma e o que nos torna fortes e muitas vezes invencíveis. Se algum dia se sentir só não tenha medo, até Cristo já sentiu essa solidão, o importante é saber que nunca você estará só. Feche os olhos e brinque com as lágrimas que dançam sobre seu rosto, seja você, retire só por hoje as mascaras sociais que é obrigado a usar todos os dias. Sei que não podemos controlar nossos pensamentos e sentimentos, no entanto, podemos controlar nossos atos, não perca esse controle. Não esqueça que você é o protagonista desta peça teatral que é a vida, mostre ao seu reflexo no espelho e ao publico que te assiste a sua busca incessante pela felicidade, com um belo sorriso na face; não se prenda a conseqüências negativas, pois também há conseqüências positivas. Deus permite que as coisas aconteçam mais é você o autor de sua história de seus acertos e fracassos. Não culpe o tempo pelos erros passados, não diga que ele foi rápido, o tempo continua na mesma velocidade, você é que tentou ser mais rápido que ele, e esqueceu que tudo tem limites menos o tempo, somos todos passageiros. Espere as oportunidades e quando elas aparecerem agarre-as com ousadia. Seja paciente dê o próximo passo sem medo, pois pode ser o último, ou o primeiro de um novo ciclo. Viver é uma arte, um improviso constante. Não queira adivinhar o futuro inexistente, apenas viva intensamente cada segundo confiante.



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Letargia

2














Autor: Kárcio Sángeles

Uma satisfação inebriante e incomensurável invade minh’alma quando em meus globos orgânicos oculares observam teus olhos inefáveis, negros e brilhantes. Uma aglomeração utópica e frenética de desejos múltiplos se materializa no abstrato de meus pensamentos. Como pode numa mortal existência, um ser miserável, imperfeito de natureza humana reter tanta beleza? Sei que é em vão esta pergunta, pois jamais saberei a resposta desta dúvida. Oh! Princesa queria estar no conforto de teus braços, sentindo o odorífico perfume que transpira em tua pele, quero entregar-te o meu amor que é a única benévola virtude que carrego. Revela-me os segredos escondidos no receptáculo de teu complexo intelecto, me mostra a verdadeira face deste espírito sucumbido pela dor que amofina tua vida, para que eu possa entender as palavras expressadas por tua boca e que se materializam em teus atos. Devo agora voltar para meu mundo real, mais estarei em tua presença quando decúbito em minha cama, novamente voltar a sonhar entregue a letargia.



Letargia - Estado soporífero de indiferença; sonolência.
Frenético - Frenesi: Delírio, desvario, grande excitação ou agitação.
Odorífico - odorante; cheiroso, perfumado.
Receptáculo - recipiente, abrigo, refúgio; valhacouto.
Amofinar - Afligir, angustiar, atormentar, torturar.
Decúbito - Posição do corpo quando está deitado.


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Herdeiros da Liberdade

1




Autor: Kárcio Sángeles

A fantasia é o alimento dos loucos
A loucura é o refúgio dos sábios
A sabedoria é um dom de poucos
E são eles os herdeiros da liberdade


Ser livre é o ápice da nossa ignorância
É utopia, fantasia, um sonho de infância
E os sonhos são substratos da nossa mente
Engendrados na profundeza do inconsciente

Capazes de mudar nossa realidade

Faça diferente
Não seja tão ausente
E viva intensamente
Essa loucura eloqüente


O passado já foi embora
Viva agora o presente
Que o futuro te espera
Então siga em frente!




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Ambivalência

0


Autor: Kárcio Sángeles

Te amo e te odeio
Desejo-te vida
Desejo-te morte

Na mesma intensidade ambivalente
Sempre fraca e sempre forte

Quero-te e não te quero
Desejo-te azar
Desejo-te sorte

Na mesma intensidade ambivalente
Sempre fraca e sempre forte

Estou alegre e tristonho
Organizando e desorganizando
Criando e destruindo

Na mesma intensidade ambivalente
Sempre fraca e sempre forte

Quero paz
Quero guerra
Quero o som
E o silêncio

Na mesma intensidade ambivalente
Sempre fraca e sempre forte

O id brigou com o Ego
E superego brigou comigo
Forças oposta e tão iguais
Sempre fraca e sempre forte
Na mesma intensidade ambivalente
Como assim já dizia Sigmund Freud




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Entre Eu e Você

39

Autor: Kárcio Sángeles

Entre rosas e flores
Entre luzes e cores
Entre a vida e a morte
Entre o azar e a sorte

Entre pedras e caminhos
Entre o sonho e a esperança
Entre a escolha e o destino
Entre o amor e a distância

Tornei-me forte e ousado
Lutei com escudos e gládios
Transformei deuses em humanos
Na luta entre gregos e troianos


Entre o coração e a alma
Vive o amor
Entre o corpo e o desejo
Nasce a paixão
Entre o olhar e o beijo
Surge à química
Entre o suspiro e o sussurro
Pensamentos viram atos
Entre o sonho e o real
Esboça-se o sorriso
Entre eu e você
Não existe o impossível
E viver se torna mais fácil



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Eutanásia

6











Autor: Kárcio Sángeles


Deixe-me ir
Quero voar
Quero a liberdade
Quero transcender a matéria
Quero livrar-me desta agonia
Desta porfia entre meu corpo e minh’alma

Que me sufoca e me congela.



Deixe-me ir
Quero descobrir a magia
Que move os ventos
Desvendar os mistérios
De nossa temporal existência.



Deixe-me ir
Quero perder o equilíbrio
Na linha do tempo
Estou cansado de existir
Cansado de acordar
E de novamente dormir.



Deixe-me ir
Estou Cansado da praxe inerte de meus dias
Escolho a morte como quem escolhe a liberdade
Como quem anseia o último suspiro da mortalidade.




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Acasalamento de Almas

5










Autor: Kárcio Sángeles

Em teus lábios encontrarei
A substância dos desejos
A ternura de um beijo
O acasalamento de almas

Em teus braços
O suor perfumado
A nudez do espírito
E corpos arrepiados

Pensar em você
Causa-me calor
Desperta a adrenalina apoteótica
Das células incógnitas do amor

Vem me levar
Vem me amar
Vamos caminhar sobre a órbita dos sonhos
Equilibrados sobre o fio da esperança

Tua pele é feita de pétalas de rosas
Na intensa mixórdia de perfumes e de cores






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Durma

5



Autor: Kárcio Sángeles

O amor às vezes vem no momento errado
E quando vem no momento certo o coração
Transborda e os pensamentos se calam.

Construo meu futuro no presente
Modelado no passado, vivo por segundo
Cada segundo um passo, cada passo uma esperança
Uma lembrança do passado.

Sei que a imperfeição que nos precede nos torna fracos
Mas continuo sorrindo, pois a felicidade é a fortaleza
Que nos torna intactos.

Viver é não olhar para traz
Mas se olhar sem querer, feche os olhos
E siga em frente sem medo na mesma direção.

As células abstratas da alegria se transmutaram
E invadiram meu peito fazendo festa em
Meu coração.

Vejo um sorriso na face de uma criança
E percebo que a esperança não está morta não morreu
Ela apenas descansa.

Seja diferente sem deixar de ser você
Crie mundos, fantasias, alegrias
Sonhe sempre depois de dormir.

Coloque sua cabeça em meu colo
Posso sentir o cansaço em sua respiração
Esqueça a pobreza a miséria, a política a guerra
Os problemas do mundo e durma.




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O Amor

2


Autor: Kárcio Sángeles

Sem textura nem cor
Não é mel nem flor
Não tem cheiro nem suor
Mas é quente e tem calor


Transpira na alma
Arrepia e enlouquece
É puro e eterno
É sempre novo e não envelhece


Mora dentro de mim
É complexo e natural
Não é alma nem espírito
Não é estranho nem é normal


Não é psicose, neurose ou coisa da mente
É como uma loucura consciente
É como fogo incandescente
Nos livrando de todo mau


Tem sabor de sonho
Seu formato é invisível
Seu nome é amor
Seu tamanho é infinito


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Minha preciosa

6



Autor: Kárcio Sángeles

Minha preciosa....
Do sorriso perolado
Tu és a filha do amor
Por quem estou apaixonado

Minha preciosa...
Tua beleza é inerte
Teu perfume me enlouquece
Tua sombra me acompanha

Minha preciosa...
Da pele de magnólia
Minha vida te pertence
Por isso nunca vá embora

Minha preciosa...
Luz que ilumina o sol
Meu tesouro do arco-íris
Te encontrarei no arrebol

Minha preciosa...
Minha adrenalina
Teu olhar hipnotiza
Teu beijo me alucina

Voz que inspira os pássaros
Feminina arquitetura majestosa
Tuas lágrimas purifica os oceanos
És minha deusa preciosa.



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Corpos andantes no vazio da calçada

7


Autor: Kárcio Sángeles


Ouço gritos, ouço vozes, ouço nada
Vejo flores, vejo sangue, vejo nada
Sinto fome, sinto dor, sinto nada
Muita gente, muito ódio, muito nada

Estou frio, estou morto na calçada...

Aqui o nada no vazio se encaixa
Lá o sonho no real se limita
Eles pedem pressa, pedem vida
Pedem paz e fazem guerra

São objetos de uma sociedade alienada...

Corpos andantes no vazio da calçada
Me olham, me matam, me criticam
O sangue e os gritos foram os meus
O ódio e as vozes vieram de mim
As flores já estavam lá
O frio chegou depois
E a morte não foi o fim.




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Venéfica Saudade

1



Autor: Kárcio Sángeles

Uma dor incomensurável
Rasgou-me o peito
Tirou-me o sossego
Auterou minha ansiedade

Oh! Verme venéfico dos corações humanos
Com teus metâmeros envenenastes meu coração
Apoderando-se das vísceras de minha alma

Sinto-me inerte no tempo que não passa
Contando quanto tempo de tempo me resta
Ambicionando a morte da distância
A espera de minha doce amada

Estou preso na prisão do presente
Que só o amor transpassa
Esta saudade que me sufoca
É o verme que me mata



Venéfico – Venenoso.
Metâmero – Cada um dos anéis de um verme.




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Poeta das Estrelas

1



Autor: Kárcio Sángeles

Princesa dos olhos de vidro
Estou imerso na sutileza de teus gestos
Aprisionado na perfeição de teu sorriso

Teus cabelos dourados
É como as cordas de uma harpa celestial
Tocando a suave canção dos ventos
Em tempos de guerra e de caos

Sou o poeta das estrelas
Um trovador da era medieval
Venho de um lugar distante
Contraposto ao teu mundo real

Carregas em teu ego
A essência da perfeição
A magia da felicidade
E a chave da perdição

Protegerei tua alma da solidão
Já fui teu servo, teu amante e teu rei
Serei agora teu fiel guardião






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Eu sinto o teu cheiro

5





Autor: Kárcio Sángeles

Eu sinto teu cheiro...

Parece loucura
Parece mistura
De Amor
De prazer

Eu sinto teu cheiro...

É um exagero
Um desespero
Uma vontade de te ver

Eu sinto teu Cheiro...

Química viciante
Saudade constante
Endorfina no sangue
Quero logo te ver

Eu sinto teu cheiro...


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