Corpos andantes no vazio da calçada

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Autor: Kárcio Sángeles


Ouço gritos, ouço vozes, ouço nada
Vejo flores, vejo sangue, vejo nada
Sinto fome, sinto dor, sinto nada
Muita gente, muito ódio, muito nada

Estou frio, estou morto na calçada...

Aqui o nada no vazio se encaixa
Lá o sonho no real se limita
Eles pedem pressa, pedem vida
Pedem paz e fazem guerra

São objetos de uma sociedade alienada...

Corpos andantes no vazio da calçada
Me olham, me matam, me criticam
O sangue e os gritos foram os meus
O ódio e as vozes vieram de mim
As flores já estavam lá
O frio chegou depois
E a morte não foi o fim.




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7 Comentários para: Corpos andantes no vazio da calçada

11 de janeiro de 2010 às 11:27

Nossa, que lindo, que profundo *-*
Amei! Você escreve muito bem, viu?

Beijos, estou seguindo ;*

Sem
11 de janeiro de 2010 às 12:48

Obrigado Thaís!!! Apenas sou um interprete de minh'alma rs ;-)

11 de janeiro de 2010 às 15:15

Achei realmente lindo. Parabéns pelo talento... Escrever qualquer um pode, mas fazer disso uma arte é para bem poucos...

Anônimo
16 de janeiro de 2010 às 05:20

Isso é o retrato do que muitas vezes vemos acontecer... Está perfeito! =**

17 de fevereiro de 2010 às 10:50

Ta perfeito, uma verdadeira critica em forma de poesia...

19 de setembro de 2010 às 12:44

Adorei vc é D+...excelente crítica social, bjoo =***

20 de novembro de 2010 às 12:16

Nossa como vc consegue fazer uma critica tão profunda a sociedade usando poesia??? VC É SIMPLESMENTE D+ karcio sanges

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