Autor: Kárcio Sángeles
Vês? O corpo decrépito que definha?
É a prisão que nela minha alma dormia
Encarcerada entre as vísceras minhas
Suplicando a liberdade que a morte prometia.
Vou caminhando em passos curtos
Num caminho escuro e deserto
Decifrando os átomos de minha agonia
Escrevendo palavras tortas entre linhas
De forma complexa, abstrata e indigesta
Na mixórdia louca de alucinógenas fantasias.
Pobre alma! Que de meu corpo se ausenta
Escutai as vozes da turbamulta de almas que te chamam
Querem tirar-te da morada mortal que te prende
E levá-la a um lugar sublime que aqui não se encontra.
Vá em paz... Deixe-me aqui sucumbido pela terra
Serei o alimento dos pútridos vermes esfomeados
E tu, um espectro liberto da matéria
Atormentando os mortais.
Decrépito - Velho; desgastado fisicamente.
Espectro - Fantasma.
Mixórdia - Mistura desordenada de coisas diversas.
Turbamulta - Multidão.
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3 Comentários para: Átomos de minha agonia
Oláá... Belo blog, obrigado pela visita!!
Beijos.
Poxa, que legal seu blog! :)
Gostei, vou seguir!
E obrigada por ler meus posts.
Beijos!
Oi, amei suas poesias, bem tocantes :]
E tô seguindo e vou acompanhar aqui bjs :*
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"Todo ser humano é um livro, portanto, se puder leia-me" (Kárcio Sángeles)
Obrigado pelos Comentários!!!
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