Nênia

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Autor: Kárcio Sángeles

Ouço uma voz a me chamar
É uma voz, lasciva e suave
Que vem de longe, transpassa os montes
E transcorre em meus ouvidos.

Ah!!! O que ouço é o canto místico
De minha graciosa virgem que nasce
Da noite com a reverberação da lua
Junto com os sonhos.

Ela vem disfarçadamente como
Uma brisa fria, apossando-se de
Meu árdego corpo, gerando turbações
Em minha essência.

Estampando em minha tez
A palidez do seu reflexo
E no meu rosto o gracejo
De seu encanto.

Quero ceder-me a ti
Oh!!! Musa dos devaneios meus
Pois o deperecimento da alcova
Barrenta de minh’alma é inevitável.

Leva-me deste pesadelo carnal
Que é a vida e mostra-me a benévola
Razão de minha morte.



Nênia - Canto fúnebre, triste, plangente.
Árdego - Fogoso, ardente.
Essência - O que constitui a natureza de um ser, alma.
Deperecimento - Perecer pouco a pouco; ir-se finando.
*Alcova barrenta - O corpo onde a alma dorme.


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1 Comentários para: Nênia

15 de fevereiro de 2010 às 16:28

de que lugar vc veio hein??? adoreiiiii lindooo como todas as suas poesias

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"Todo ser humano é um livro, portanto, se puder leia-me" (Kárcio Sángeles)

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